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Crítica de 'Agente Stone': até que ponto a mesmice é confortável? m642x

Longa-metragem repete fórmulas sem tentar nenhum tipo de diferenciação do que o cinema de Hollywood vem produzindo

Matheus Mans | 11/08/2023 às 11:32 - Atualizado em: 11/08/2023 às 16:14


É interessante notar como há uma espécie de conformismo em Hollywood. Quando produtores não estão apostando Netflix.

Estreia nesta sexta-feira, 11 de agosto, o longa-metragem conta uma história que dá sono já na sinopse: uma agente (Gal Gadot, a tal Stone do título) de uma organização ultra-secreta é descoberta depois de ar um tempo como infiltrada no MI6, o serviço secreto oficial do Reino Unido. A partir daí, começa uma corrida contra o tempo para proteger essa agência especial e, acima disso, compreender melhor o cenário geopolítico ameaçando a organização.

Agente Stone poderia ser diferente 4h6t6k

Curiosamente, a direção do longa-metragem ficou sob responsabilidade de The Aeronauts. Este último até possui alguns traços de ação e aventura, mas nada que chegue perto da trama de investigação, traição e correria que surge em Agente Stone.

Gal Gadot se entrega em Agente Stone, mas mesmo assim não traz brilho algum (Crédito: Netflix)

O fato é que nem dá para perceber qualquer tipo de traço de direção autoral neste novo filme original e exclusivo da Netflix. É um punhado de ideias genéricas sobre o que é fazer filmes de ação no século XXI (conspirações internacionais, hackers, inteligência artificial) embalado em um roteiro sem vida de Greg Rucka (Estrelas Além do Tempo).

Com esses nomes em jogo, dá até para entender -- mesmo que erroneamente -- que houve uma tentativa de fazer algo diferente aqui, colocando uma roteirista e um diretor de fora do mercado de ação hollywoodiano. Mas algo aconteceu no meio do caminho (produtores, talvez, em busca de resultados mais favoráveis?) que acabou jogando a equipe para o mais do mesmo. O confortável, afinal, dá audiência, ainda que não seja um produto final agradável.

Li em algum lugar que o ponto positivo de Agente Stone é que ele faz um filme de ação sem cenas mirabolantes demais. Oras, quem disse isso não deve ter reparado em Gal Gadot voando na estratosfera, por exemplo.

Filme mais do mesmo 4v86d

Em Agente Stone, do minuto inicial ao último frame do filme, tudo é batido. Desde a reviravolta que surge com 50 minutos de projeção, quando Gal Gadot é traída e se revela uma conspiração internacional (lembra até Missão: Impossível 7, é você?); e até chegar às decisões artísticas que parecem geradas por uma IA.

Agente Stone é um filme sem vida, sem brilho, sem criatividade. Gal Gadot até chama a atenção em algumas cenas que exigem mais da atriz, se saindo melhor do que mostrou em filmes Cinquenta Tons de Cinza) atue. Não é fácil.

A busca por grandiosidade também é banal, cansativa: cenas de ação cheias de efeitos especiais (o que diferencia Missão: Impossível do resto, por exemplo), uma seriedade exaustiva (o contrário de Velozes e Furiosos) e uma gama inacreditável de cenários, indo de Portugal até Senegal, como se isso bastasse para fazer o filme crescer em força.

Como dito, é confortável assistir a filmes que parecem familiares. É por isso que clichês existem e são usados largamente no cinema e na televisão: quando vemos personagens, tipos, subtramas e afins que conhecemos de outros tempos, ficamos mais abertos a aceitar aquela história e até a gostar do que estamos assistindo Mas, em algum momento, isso se torna chato, previsível, cansativo. Agente Stone mostra que estamos bem perto de chegar nisso.

Ainda quer assistir a Agente Stone? Então clique aqui para assistir ao longa-metragem na Netflix. 2j7037

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Matheus MansMatheus Mans

Jornalista especializado em cultura, gastronomia e tecnologia, cobrindo essas áreas desde 2015 em veículos como Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites. Já participou de júris de festivais e hoje é membro votante da On-line Film Critics Society. Hoje, é editor do Filmelier.

Matheus Mans
Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura, gastronomia e tecnologia, cobrindo essas áreas desde 2015 em veículos como Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites. Já participou de júris de festivais e hoje é membro votante da On-line Film Critics Society. Hoje, é editor do Filmelier.

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