Alma do deserto - Uma mulher trans da comunidade Wayúu luta para recuperar documentos destruídos em um incêndio criminoso. Sem eles, não pode exercer direitos como votar. É uma história de identidade, resiliência e coragem diante da intolerância.
Um bom ponto de partida é este documentário da Netflix, no qual diversas personalidades trans refletem sobre como as representações convencionais – amplamente mediáticas – da comunidade em Hollywood moldaram não apenas a percepção dos outros sobre as pessoas trans, mas também a forma como elas se enxergam.
Graças à sua vitória como Melhor Filme Estrangeiro no Oscar, a produção chilena Uma Mulher Fantástica se tornou uma das representações trans mais reconhecidas nos últimos anos. Protagonizado pela atriz trans Daniela Vega, o filme aborda, entre surrealismo e ironia, as profundas injustiças e discriminações enfrentadas pela comunidade trans nos dias atuais.
Caminhos Cruzados é um filme contemporâneo a Emilia Pérez e oferece uma representação mais empática da comunidade trans. A trama acompanha uma mulher georgiana que, para cumprir o último desejo de sua irmã, parte para a Turquia em busca de sua sobrinha – uma mulher trans que fugiu após ser rejeitada pela família. Ao lado de um vizinho de Istambul, ela percorre a cidade em busca da sobrinha, contando com a ajuda de trabalhadoras sexuais marginalizadas e de uma advogada trans.
Membro do Frente de Libertação Gay e figura central nos protestos de Stonewall, Marsha P. Johnson foi um ícone da comunidade LGBTQIA+ em Nova York e no mundo, além de ativista pelos direitos trans e na luta contra a AIDS. A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson é um documentário que explora sua trajetória, interrompida por sua misteriosa morte em 1992 – inicialmente registrada como suicídio, mas reaberta para investigação após intensas manifestações da comunidade. O filme escancara a violência sistêmica ainda sofrida pelas pessoas LGBTQIA+.
