Um jovem apaixonado por futebol enfrenta uma tragédia familiar em Nápoles, nos anos 80.
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Ex-redatora do Filmelier
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"Não tem como não lembrar da grandiosidade visual de ‘A Grande Beleza’ ao se citar o nome do diretor Paolo Sorrentino. O cinema do italiano é marcado por influência de Federico Fellini, que sempre soube trazer um impacto absurdo em suas obras, e Sorrentino consegue se aproximar desse efeito. Se ‘Amarcord’, de Fellini, tem um tom autobiográfico, ‘A Mão de Deus’ segue a mesma linha. O filme é muito íntimo, particular e belíssimo - até mesmo nos momentos mais tristes. Todo o sofrimento parece ser mais ável se você morar em Nápoles e puder dar um mergulho para esfriar a cabeça, ou se emocionar com um gol do herói napolitano Diego Maradona - mesmo se contar com a ajudinha da Mão de Deus. Tudo com um humor pontual, sem exageros. Se o cinema é uma distração da realidade, como já pontuou Fellini, que a nossa vida seja repleta de abstrações. O que Sorrentino faz aqui é arte."